MOA participa do 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI)

Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa reúne especialistas de mais de 60 países no Rio de Janeiro

 

Participantes da MOA: Sr. Masahiko Hiraizumi (Chile), Sr. Riota Nakaguchi (Brasil), Sra. Tomiyo Hashiura (Brasil),  Dra. Yukiko Inao (Argentina), Sr. Eduardo Shiromizu (Argentina), Dra. Lourdes Muñoz (Brasil), Sra. Adriana Almeida (Brasil)

 

O Rio de Janeiro sediou o 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI), um encontro histórico que reuniu pesquisadores, profissionais de saúde e lideranças indígenas de mais de 60 países. O evento discutiu como as práticas integrativas podem fortalecer a saúde pública, proteger a biodiversidade e promover a saúde planetária.

Com o tema “Fortalecendo a Saúde Pública Global por meio da MTCI: Diversidade de Saberes, Sociedades do Bem-Estar e Saúde Planetária”, o congresso foi organizado pelo CABSIN, ISCMR e ESIM, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo a OMS, mais de um terço da população mundial faz uso regular de práticas de MTCI, como fitoterapia, acupuntura, Ayurveda e medicinas indígenas. Durante o encontro, foram apresentados estudos e experiências que unem sabedoria ancestral e pesquisa científica, mostrando resultados concretos, como o uso sustentável de plantas medicinais amazônicas no cuidado oncológico. A OMS também anunciou a criação da Biblioteca Global de Medicina Tradicional, que reunirá mais de 1,7 milhão de publicações científicas sobre o tema.

O Brasil tem se destacado internacionalmente com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que completa 20 anos em 2026. Apenas em 2024, o SUS registrou mais de 9 milhões de atendimentos em práticas integrativas — um reflexo do crescente interesse da população por cuidados mais humanos, sustentáveis e centrados na pessoa.

O congresso está alinhado com importantes diretrizes e declarações internacionais da OMS, como a Declaração de Gujarat (2023) e a Declaração de Astana (2018), que reconhecem a MTCI como parte estratégica para alcançar a Cobertura Universal de Saúde e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

 

Além disso, o evento marcou:

  • 20 anos do Congresso Internacional de Pesquisa em MTCI;
  • 17º Congresso Europeu de Medicina Integrativa;
  • Lançamento da nova Estratégia Global de Medicina Tradicional da OMS (2025-2034);
  • Celebração do Dia Mundial da Medicina Tradicional (22 de outubro).

 

Os principais objetivos do congresso foram:

  • Valorizar a diversidade de conhecimentos tradicionais, científicos e culturais;
  • Fortalecer a saúde pública global com práticas seguras, eficazes e culturalmente apropriadas;
  • Promover pesquisas baseadas em evidências com metodologias inclusivas e multidisciplinares;
  • Estimular a colaboração internacional e redes de cooperação;
  • Incentivar inovação sustentável inspirada em saberes tradicionais;
  • Defender equidade, acessibilidade e justiça social nos sistemas de saúde;
  • Gerar impacto real com propostas e ações práticas pós-congresso.

Esses objetivos estão organizados em 10 princípios norteadores, como inclusão, diversidade, colaboração, sustentabilidade, inovação e impacto no mundo real.

 


 

REPORT OF 3RD WORLD CONGRESS ON TRADITIONAL, COMPLEMENTARY AND INTEGRATIVE MEDICINE

Analise do contexto do Congresso por Dra. Lourdes Maria Cardoso Muñoz, médica e terapeuta da MOA Rio de Janeiro

Ao analisar o contexto do 3º Congresso Mundial de Práticas Integrativas e Complementares, é possível perceber que ele surge em um momento estratégico da saúde pública global, caracterizado pelo aumento das doenças crônicas, transtornos mentais, desigualdades sociais e ambientais, e a necessidade de modelos de cuidado mais humanos e sustentáveis. Neste espaço discutiram evidências, políticas públicas e experiências internacionais de integração das PICs na atenção primária e destacando a integração entre ciência, saberes tradicionais e espiritualidade, terminando com o modelo biomédico tradicional, tendo uma visão de saúde biopsicossocial e espiritual. Sendo os objetivos mais importantes o fortalecimento das redes de cooperação internacional; a construção de políticas globais mais humanas e inclusivas e a promoção do bem-estar coletivo e planetário como “saúde única”.A abordagem integrada coloca o paciente no centro do cuidado, considerando não só o corpo, mas também mente, emoções e espiritualidade.

Na área da Naturopatia e Educação se analisaram estratégias para um programa educacional para profissionais terapeutas e médicos, com o intuito de que exista organização em cada país e estado e de ingressar ao sistema de saúde, acolhendo em todos os níveis de educação, estabelecendo padrões segundo o nível. Em 1902 começa a Naturopatia Integrada Moderna que são práticas ancestrais de diferentes conhecimentos. Em pesquisa, 22 por cento da população tem ancestrais indígenas.

No Brasil as terapias mais importantes são os florais, massagem, auriculoterapia, fitoterapia e medicina chinesa, como também, em percentual menor, a Ayurveda, reflexologia, cromoterapia, terapias expressivas e terapias corporais. É uma formação voltada para os SUS, com o objetivo que se expanda para as universidades públicas, já que as pesquisas acontecem nessas instituições, na abordagem na criança e no adolescente, na mulher, no idoso e na saúde do trabalhador e na saúde coletiva e mental e nos atendimentos individuais e coletivos e de forma mais humanizada.

Um trabalho interessante foi o cuidado da preconcepção da mulher e a família, porque existe a oportunidade de unir 3 gerações de assistência médica em um único momento, exemplo é a criança influenciada pela saúde da avó porque o material reprodutivo da mãe está sendo desenvolvido no momento em que a avó está sendo grávida deles, sendo momento ótimo de influência a programação genética de longo prazo do bebe antes de nascer.

Tema a destacar foi a Ayurveda, que manifesta como grande potência de levar o humano mais longe do país e chegar aos 90 anos ou até mais com energia, disposição e tendo vida significativa com equilíbrio, porque a realidade da vida é a realidade da mente, sendo o novo paradigma da saúde, combinando ciência, sabedoria ancestral, espiritualidade pragmática e o futuro da medicina, vai tratar o ser e não a doença, cuidar da totalidade e não apenas da parte.

Nas experiências em medicina indígena, eles manifestam que pensam em tecnologia em formato diferente, com um reconhecimento ao nível ancestral. As necessidades de que cada povo vai ter casa de cura indígena a partir de sua particularidade, precisando a prática no atendimento de saúde com equidade; exemplo, uma indígena que quer um parto BARE, não tem essa formação dentro de uma maternidade, é medicina originária, não alternativa ou integrativa. Refere que não dá para construir política pública de saúde, sem os povos indígenas, sem entender as pessoas onde moram. Outro fato, em toda a bacia amazônica, é atingido áreas além da mineração, do agronegócio, da exploração madeireira, do garimpo, da grilagem, da contaminação das águas, etc., sendo consequências da ação humana. A perda de biodiversidade e a degradação insustentável acontecem frequentemente em áreas indígenas; os indígenas são muito diversos, compostos por 305 grupos étnicos que falam 274 línguas diferentes e 51 por cento deles vivem na Amazônia, é importante observar que os povos indígenas desempenham um papel vital na manutenção de ecossistemas resilientes as mudanças climáticas, ajudando a preservar 80 por cento da biodiversidade restante de suas florestas tropicais em incêndios florestais.

Outro tema importante é sobre o uso de medicamentos tradicionais, um 80 por cento das pessoas de África continua usando medicinas tradicionais como primeira opção, então referem a necessidade de trabalhar em direção à institucionalização das medicinas tradicionais, criando plano de ação para começar a implementar a estratégia e desenvolver protocolos para medicamentos tradicionais. Tendo como desafios a falta de financiamento em termos de pesquisa, a regulamentação fraca desses medicamentos, que cada país faz o que quer, não há coordenação.  Acredita-se que a África é inexplorada, podendo oferecer algo ao mundo em termos desse conhecimento; trabalhar para fazer isso.

Na região das Américas, desenvolveram estruturas de governança porque perceberam que o grupo técnico da OMS vem monitorando principalmente 3 tipos de mecanismos de governança de MTCI, concentraram-se no monitoramento de políticas nacionais sobre legislação nacional de MTCI e regulamentação nacional de medicamentos fitoterápicos. Como parte da biblioteca global de medicina tradicional, seria mais uma iniciativa do Centro Global de Medicina Tradicional do grupo temático da OMS.

Na Europa, a Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa assume muitas formas, em que em alguns países ela é formalmente regulamentada e integrada até certo ponto, em outros, existe um ponto com o tratamento convencional reconhecido, mas não está regulamentada. Na Alemanha, Suíça e nos Países Nórdicos, faz parte de sistemas hospitalares e universitários. No sul da Europa é pago pelo próprio bolso. Precisam realmente encontrar modelos, como ampliar e integrá-los.

Na China, os hospitais de Medicina Integrativa representam aproximadamente 15 por cento do país, para integrar isso, o governo encorajou os médicos a terem formação em Medicina Tradicional Chinesa.

Também existiram estudos como WHO Global Strategy, no que desenvolveram uma estratégia relevante, trata-se de uma plataforma on-line para que qualquer Estado-membro que deseje atualizar ou fornecer novas informações, pode aderir uma atualização simultaneamente com informações mais relevantes e recentes; monitorar o processo global do Sistema de Saúde.

Chegando à conclusão de que as coisas precisam mudar, estão preocupados com o planeta, não serem consertados em uma forma única de cura, tendo que fazer um cuidado de saúde diferente, tendo práticas coletivas acima de tudo, com um grau de doenças crônicas e problemas mentais que a população tem. Com a abordagem individual, a gente não vai ter como impactar a saúde das pessoas; então reconectar as pessoas com essa prática corporal chinesa, yoga etc. em espaços públicos, em parques, áreas verdes, seria uma grande virada do cuidado da saúde, já que as pessoas estão muito conectadas em ambientes virtuais. Um exemplo em que isso é mais vivido, quando pensamos em nutrição e quando começamos a ensinar as crianças a cozinhar para si mesmas e entender a comida, sendo realmente o primeiro passo.

Considero que o Congresso constituiu um passo de integração não considerando só uma tendência terapêutica e sim significando um modelo de cuidado que promove saúde integral, uma medicina mais humana, sustentável, baseada em evidências e em valores culturais e espirituais em prol da humanidade e do planeta. E abrindo o caminho para a construção da nova Civilização e da Medicina do futuro, proclamada por Mokiti Okada.

Este evento também abriu caminhos de parcerias da MOA International entre diferentes países da América, espera-se que possa se criar modelos de protocolos de pesquisas e colaboração baseados no Método de Saúde Okada, através de encontros planejados pelo Presidente, com a participação dos diferentes terapeutas.

Percebo que poderia ser a chave de um novo rumo em minha dedicação. Quero deixar a minha gratidão à Rede PICS/RJ pela oportunidade e pelo comprometimento que expressam em promover a integração das práticas complementares ao nosso Sistema Único de Saúde, considero que têm papel ativo e eficaz na difusão e na promoção de uma atenção mais humanizada.

 


 

Relato de Adriana Almeida, Educadora Física e Coordenadora da MOA Rio de Janeiro.

Primeiramente, gostaria de expressar minha gratidão por todo o apoio dos terapeutas. Somos um grupo aparentemente pequeno, mas com grande força de atuação. Juntos, seguimos empenhados em criar novas possibilidades, acreditando que, através do acolhimento, podemos expandir o Método de Saúde Okada.

A participação da MOA International no 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa representa o início de um novo modelo, fundamentado na integração, intercâmbio, apoio, fortalecimento, cuidado e acolhimento dos Terapeutas MOA.

 

Sobre a Rede PICS

No Brasil, o principal desafio da Rede PICS é consolidar e fortalecer as Práticas Integrativas e Complementares dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo que elas sejam reconhecidas, estruturadas e acessíveis à população, e que os profissionais tenham condições adequadas de trabalho, formação e acompanhamento.

 

Sobre a Medicina Integrativa

Segundo as palavras do Dr. Andrew T. Weil, fundador do Centro de Medicina Integrativa da Universidade do Arizona, a Medicina Integrativa é uma abordagem médica orientada para a cura (healing), tendo como foco o cuidado do paciente em sua totalidade — mente, corpo, espírito e estilo de vida. Além disso, enfatiza o relacionamento terapêutico e emprega todas as terapias adequadas para cada caso, tanto as convencionais quanto as complementares. A Medicina Integrativa representa uma mudança de paradigma: desloca o foco do modelo convencional centrado na doença, na intervenção, na medicalização e nos procedimentos de alta complexidade para um modelo de promoção da saúde, voltado à melhoria da qualidade de vida e ao empoderamento das pessoas em práticas que favorecem a mudança de estilo de vida. Em consonância com esses princípios, a MOA International tem como propósito criar comunidades física e mentalmente saudáveis, promovendo a saúde com base no Método de Saúde Okada, que atua na melhoria da qualidade de vida e no fortalecimento do ser humano por meio de práticas que estimulam um estilo de vida saudável e sustentável. Dessa forma, adota-se um tratamento integrativo que interliga o indivíduo, a coletividade, a natureza e a espiritualidade, reafirmando o compromisso da MOA com a construção de uma sociedade harmoniosa e equilibrada.

 

Sobre as Práticas Integrativas e Complementares

A Portaria nº 702/2018 do Ministério da Saúde incluiu, na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), a imposição de mãos como prática terapêutica. O texto descreve que essa técnica implica um esforço meditativo para a transferência de energia vital por meio das mãos, com o objetivo de restabelecer o equilíbrio do campo energético humano, auxiliando no processo saúde-doença. Faz uso do fluxo de energias curativas multidimensionais que atuam no corpo, nos sistemas energéticos e espirituais, promovendo mudanças terapêuticas. Desenvolvida pela MOA International, a Terapia de Purificação Okada (TPO) é uma terapia bioenergética que utiliza a técnica de imposição de mãos — e, assim, enquadra-se plenamente nessa competência reconhecida pelo Ministério da Saúde. Baseado no Método de Saúde Okada, esse modelo terapêutico fundamenta-se na observação atenta da natureza humana, no respeito que ela merece e na busca pela melhoria da qualidade de vida. Promove o empoderamento das pessoas por meio de práticas que favorecem um estilo de vida saudável e sustentável. Dessa forma, adota uma abordagem integrativa que interliga o indivíduo, a coletividade, a natureza e a espiritualidade.

 

Conclusão

Concluímos que o Congresso constituiu um importante passo de integração — não apenas como uma tendência terapêutica, mas como um modelo de cuidado que promove a saúde integral: uma medicina mais humana, sustentável, baseada em evidências e em valores culturais e espirituais, em prol da humanidade e do planeta. Este evento também abriu caminhos para parcerias entre países das Américas, com a perspectiva de criação de protocolos de pesquisa e colaboração internacional baseados no Método de Saúde Okada. Assim, seguimos contribuindo para a construção da nova civilização e da medicina do futuro, proclamadas por Mokiti Okada.

Muito obrigada!

 


 

Um pouco do congresso em fotos

 

Oficina de Desenho Infantil leva arte e encantamento à Escola Municipal Castelnuovo

A MOA Rio de Janeiro realizou uma oficina especial na Escola Municipal Castelnuovo, no Arpoador , para apresentar o Projeto Desenho Infantil – Edição 2025.

A atividade despertou o entusiasmo das crianças, que mergulharam no universo das cores, formas e imaginação. Cada uma delas se dedicou com carinho à criação de seus desenhos, expressando sentimentos, sonhos e olhares únicos sobre o mundo ao seu redor.

O clima foi de alegria e expectativa: além de se divertirem com a experiência, as crianças ficaram ansiosas para participar do concurso e já aguardam com entusiasmo a seleção das obras. A exposição dos trabalhos está prevista para o mês de outubro, na própria escola, quando toda a comunidade escolar poderá prestigiar a criatividade dos pequenos artistas.

A oficina foi conduzida pelo designer Vander Borges e pela professora Adriana Almeida, que acompanharam de perto o processo criativo das crianças e reforçaram a importância da arte como ferramenta de expressão, aprendizado e valorização da infância.

Com iniciativas como esta, a MOA reafirma seu compromisso de incentivar a cultura, a educação e a sensibilidade artística desde os primeiros anos de vida.

 

Atendimento Contínuo: dois dias para desacelerar e buscar equilíbrio em um ambiente único e transformador

No fim de agosto, o Instituto Terapêutico da MOA abriu suas portas mais uma vez para o Atendimento Contínuo: dois dias inteiros dedicados ao cuidado profundo do corpo, da mente e do espírito. Nesta edição, foram dez participantes, mas a intensidade das experiências fez parecer que éramos muitos — cada gesto, cada silêncio, cada partilha multiplicava a sensação de presença.

Entre as práticas, esteve a terapia de purificação Okada, que abriu espaço para que cada um pudesse soltar um pouco do que pesava por dentro. Houve também o encontro delicado com as flores, em que a simples contemplação de uma pétala despertou emoções esquecidas e um olhar renovado para a beleza da vida.

Na cerimônia do chá, o tempo pareceu se expandir. O som da água quente, o bater do chá, o aroma que se espalhava… detalhes quase imperceptíveis no cotidiano se transformaram em descobertas preciosas. 

Houve ainda a caminhada pelo jardim. O perfume das flores de laranjeira, o toque fresco da terra na horta… tudo convidava à presença, à gratidão e à simplicidade. Ao final, cada um levou para casa não apenas alimentos frescos, mas também a lembrança de que a natureza oferece mais do que nutrição: ela ensina pertencimento.

A comida servida nesses dias também foi um capítulo à parte. Preparada com carinho, alimentou não só o corpo, mas também o coração. Era possível sentir o amor em cada prato — e talvez esse seja o segredo da verdadeira nutrição.

Foram dois dias que deixaram em todos um sabor de “quero ficar mais um pouco”. Ao se despedirem, os participantes levavam nos olhos o brilho da gratidão e a leveza de quem encontrou um espaço para respirar.

Para a equipe da MOA, os resultados só reforçam o propósito: seguir oferecendo experiências que reconectam as pessoas consigo mesmas, com a natureza e com a beleza simples da vida.

Relato de um participante:  Cristina Misturini Sato

 

Sobre o Intensivo

A preparação do ambiente foi essencial para o sucesso do intensivo de terapia na clínica MOA. Cada pequeno detalhe foi pensado como expressão de carinho, afeto e pertencimento, para que todos os participantes se sentissem acolhidos desde o primeiro momento. A gestão do Programa cuidou de cada aspecto com dedicação, demonstrando que o bem-estar de todos estava no centro da experiência.

Logo na chegada, fomos recebidos com um delicioso café da manhã, gesto que também simboliza acolhimento. Afinal, partilhar a comida é uma forma de demonstrar afeto, fortalecer vínculos e criar um clima de união.

Os depoimentos sobre as Terapias de Purificação Okada foram muito positivos, revelando melhorias em sintomas físicos, além de promover relaxamento profundo, felicidade e leveza emocional.

A atividade de jardinagem nos convidou a entrar em contato direto com a terra, despertando sensações de calma e vitalidade. Esse contato é reconhecido como fundamental para a saúde mental: ao cuidar da natureza, somos também cuidados por ela, encontrando equilíbrio e serenidade.

A caminhada, por sua vez, foi uma oportunidade de contemplação. Caminhar em meio à natureza, apreciando paisagens e o belo, favorece a redução do estresse, amplia a sensação de presença no aqui e agora e promove clareza mental, sendo uma prática restauradora para corpo e espírito.

Outro ponto marcante foi a alimentação, preparada com cerca de 90% de produtos orgânicos e muito amor pela equipe. Além de nutritiva, uma alimentação orgânica é benéfica para a saúde física e mental, pois contribui para a vitalidade, reduz toxinas e fortalece a conexão entre aquilo que ingerimos e o cuidado integral com nosso corpo.

A cerimônia do chá, conduzida com maestria pela Nancy, trouxe não apenas aspectos históricos, mas também a compreensão de sua profundidade espiritual. No Japão, essa tradição representa simplicidade, harmonia e introspecção, sendo uma oportunidade de pausa para olhar para dentro de si e viver o presente com plenitude.

A Terapia da Flor, conduzida pela Celi, proporcionou momentos de contemplação do belo e de autoanálise. Por meio da criação dos arranjos florais, cada participante pôde acessar camadas do inconsciente, elaborar sentimentos e encontrar relaxamento, transformando a experiência em um encontro consigo mesmo.

Por fim, deixamos um agradecimento especial a toda a equipe que organizou o evento. Cada momento vivido foi rico e transformador, fruto do cuidado, dedicação e amor empenhados em cada detalhe. Esse intensivo ficará marcado como um espaço de crescimento, acolhimento e profunda conexão, deixando em todos nós aprendizados e lembranças que permanecerão.

 

 

Encontros Alados no Zuissenkyo

A beleza da vida em sua forma mais livre

No dia 18 de julho de 2025, o Zuissenkyo São Paulo – recebeu uma visita especial: um grupo de fotógrafos amadores de natureza que tem na observação de aves, ou birdwatching, uma de suas maiores paixões.

Durante cerca de três horas, eles caminharam entre as trilhas do Zuissenkyo, atentos aos movimentos sutis, aos cantos inconfundíveis e aos lampejos de cor entre os galhos. O resultado dessa imersão na natureza foi uma série exuberante de registros fotográficos que revelam, com delicadeza e precisão, a diversidade e a beleza da flora e da fauna presentes no Zuissenkyo.

Mais do que fotografar, esses observadores capturam encontros. Encontros entre o olhar humano e o voo das aves, entre a escuta atenta e o canto do sabiá, entre o silêncio da contemplação e a vibração da vida pulsando em liberdade.

Foram identificadas e registradas espécies como o beija-flor-de-fronte-violeta, o cambacica, o gavião-gato, o tico-tico, a saíra-amarela e muitas outras. A variedade observada é um reflexo do cuidado com o espaço e do compromisso da MOA com a promoção da harmonia entre ser humano e natureza.

O Zuissenkyo é um lugar onde o tempo desacelera. Onde os passos ganham leveza e a alma se alinha com o ritmo natural da vida. Nesse espaço, a prática do birdwatching se transforma numa experiência de profundo encantamento e reconexão.

Agradecemos aos fotógrafos Antonio Manoel Gutierrez e José Luis Bevilacqua pela sensibilidade, pelo olhar atento e pela generosidade em compartilhar esse momento conosco. Que suas lentes sigam revelando os mistérios do mundo natural e inspirando mais pessoas a cuidar, contemplar e celebrar a vida em todas as suas formas.

Que venham mais encontros como este — entre homens, aves e árvores — no coração vivo do Zuissenkyo.

 

Feijoada da MOA no Zuissenkyo: um dia de alegria, integração e bem-estar

No último sábado, 19 de julho, o Zuissenkyo se encheu de vida, cores e sabores durante a tão esperada Feijoada da MOA. Sob um céu azul e o acolhimento sereno dos jardins japoneses, todos celebraram um dia especial, repleto de boas companhias, comida deliciosa e momentos de integração que aqueceram o coração de todos os presentes.

O aroma da feijoada self-service — acompanhada de sucos naturais e irresistíveis sobremesas — se misturava com a energia vibrante de um público diverso: desde jovens entusiasmados até os experientes e queridos integrantes do grupo da terceira idade do Jardim São Paulo, além da presença marcante da comunidade nipônica, associados, amigos e apoiadores da MOA. Durante o evento, a alegria tomou conta com o tradicional bingo animado, a feira de orgânicos com produtos fresquinhos colhidos diretamente de nossa agricultura natural e a exposição de arranjos florais, expressão delicada da arte e da beleza que cultivamos.

Foi um dia em que os valores da MOA — o acolhimento, o cuidado com a saúde, a harmonia com a natureza e a promoção da felicidade verdadeira — se manifestaram plenamente. Entre risos, abraços, sabores e flores, todos puderam experimentar um profundo bem-estar, marcado por conexões autênticas e o prazer das pequenas coisas.

Nosso agradecimento a todos que participaram e colaboraram para que este encontro fosse um sucesso! Que venham muitos outros momentos como este, que nos inspiram a viver com mais leveza, gratidão e alegria.

 Cuidar da vida é a nossa arte.

 

Feijoada da MOA no Zuissenkyo – Um dia especial de sabores e harmonia!

No dia 19 de julho, das 10h às 15h, o Zuissenkyo, em Mairinque (SP), será palco de mais um evento muito aguardado: a Feijoada da MOA!

Venha saborear uma deliciosa feijoada self-service, com almoço completo, sucos naturais e sobremesas especiais, tudo incluso no valor do convite: R$ 100,00 por pessoa (crianças até 10 anos não pagam).

Além da gastronomia, teremos o tradicional e animado bingo, a nossa feira de orgânicos, com produtos fresquinhos direto da nossa agricultura natural, e uma belíssima exposição de arranjos florais, que encanta a todos os visitantes.

O Zuissenkyo é um espaço de rara beleza, com jardins japoneses e ocidentais, plantios sustentáveis e um clima de paz e harmonia que encanta quem passa por aqui.

Garanta seu convite antecipado!
 Informações e reservas: (11) 99256-5240
????Local: Rodovia Castelo Branco, km 66,5 – Mairinque, SP.

Esperamos por você para esse encontro de sabores, natureza e boas energias!

Exposição de Desenhos Infantis MOA Edição 2024: Celebrando a Arte que Forma Corações Nobres

A edição 2024 da Exposição de Desenhos Infantis do Museu de Belas Artes MOA Atami foi concluída com grande alegria no último sábado, dia 17 de maio, em uma cerimônia marcada por emoção, beleza e profundo significado.

O evento, realizado no Zuisenkyo, reuniu alunos premiados de escolas nipo-brasileiras, educadores, famílias e membros da MOA para celebrar não apenas o talento infantil, mas sobretudo a importância da arte como caminho para a formação de seres humanos melhores.

Na abertura, tivemos a honra de ouvir as palavras do Sr. Nakaguchi, presidente da MOA International no Brasil, que nos lembrou que o verdadeiro objetivo deste concurso não é formar artistas profissionais, mas cidadãos conscientes e sensíveis. Em sua saudação, destacou que, independentemente das profissões que cada criança venha a escolher no futuro, o mais importante é que se tornem pessoas excelentes, capazes de contribuir positivamente para a sociedade.

Segundo ele, promover o contato com a arte – seja através da pintura, da música, da dança, da arte floral ou da contemplação da paisagem – é um caminho eficaz para elevar os sentimentos e cultivar a sensibilidade. E, ao elevar os sentimentos, naturalmente controlamos os aspectos mais brutos do ser humano, nos tornando mais harmoniosos, generosos e felizes.

O presidente ainda incentivou todos os presentes a se abrirem à experiência de sensibilização pela beleza: a flor, o ambiente acolhedor e natural do Zuisenkyo, a arte culinária baseada nos princípios da Agricultura Natural – tudo isso como forma de nutrir não só o corpo, mas também o espírito.

Entre os depoimentos que marcaram o evento, a professora de arte Marcela Nhedeo, do Colégio Harmonia, participou pela primeira vez e compartilhou sua emoção ao fazer parte da exposição. Em suas palavras tocantes, falou sobre o papel da arte como uma forma de oferecer esperança em um mundo tão conturbado, de dar alento aos desanimados e contribuir para a formação de cidadãos felizes e realizados. Encantada com o ambiente do Zuisenkyo, ela afirmou ter sentido uma harmonia em tudo – um verdadeiro espaço de arte – e fez questão de levar toda sua família para vivenciar essa atmosfera.

O sucesso desta edição só foi possível graças ao empenho da direção, da equipe técnica e dos voluntários da MOA, que, com dedicação e carinho, tornaram realidade mais este momento especial de valorização da infância, da educação e da arte.

Nos despedimos com gratidão a todos os envolvidos e com o desejo sincero de que a próxima edição seja ainda mais inspiradora, tocando os corações de mais crianças, famílias e educadores. Porque acreditamos que a arte tem, de fato, o poder de transformar vidas e construir uma sociedade mais sensível, bela e solidária.

 

Primavera em Atami: Um Encontro com a Beleza e a Renovação

Quando a primavera chega, ela transforma o mundo. O ar fica mais leve, as cores ganham vida, e a natureza inteira parece nos lembrar de que sempre é possível recomeçar.

Em Atami, no Japão, esse sentimento floresce de maneira ainda mais intenso. No alto de uma colina, cercado pelo azul do mar e pelo verde das montanhas, está o Zuiunkyo — um espaço criado para celebrar a beleza da vida em sua forma mais pura.

O Zuiunkyo é muito mais do que um jardim. É um convite à contemplação, um caminho onde cada detalhe — as flores, as pedras, a luz entre as árvores — foi pensado para despertar algo dentro de nós. Na primavera, esse cenário atinge seu auge: a colina das azaleias se transforma num espetáculo de cores vibrantes, como um imenso tapete vivo que se estende até onde a vista alcança.

É impossível caminhar por ali e não se sentir tocado por algo maior — uma sensação de paz, de leveza, de renovação silenciosa. Talvez seja isso que a primavera nos ensine: que a beleza existe para nos lembrar de quem somos em essência — simples, plenos, vivos.

No centro dessa experiência está o Palácio de Cristal, uma construção de linhas delicadas e amplas janelas, onde a luz natural invade os espaços e cria reflexos que mudam conforme o dia avança. Tudo ali convida ao silêncio, à pausa, à reconexão com algo que muitas vezes esquecemos na correria do dia a dia: a nossa própria natureza.

Visitar o Zuiunkyo durante a primavera é mais do que ver flores. É sentir, mesmo sem palavras, que a vida se renova a cada instante — e que basta um olhar mais atento para perceber a beleza que já habita em nós.

 

O Belo no Olhar de uma Criança: Alicia é Premiada na Exposição Internacional do Museu MOA – Atami

No dia 15 de abril, celebramos mais um capítulo emocionante na história da arte infantil brasileira. A MOA International do Brasil realizou a premiação da edição 2024 da Exposição de Desenhos Infantis do Museu de Belas Artes MOA – Atami, no Japão. E, com grande alegria, tivemos mais uma vez uma jovem artista brasileira entre os premiados internacionais.

A talentosa Alicia Ferreira Souza e Silva, aluna do Centro de Promoção Humana São Joaquim Sant’Ana – CCA JOCA, foi duplamente reconhecida por sua sensibilidade e talento artístico. No Brasil, conquistou o Prêmio Especial MOA. No Japão, brilhou ao receber o Prêmio Bronze, um destaque entre tantos participantes ao redor do mundo.

Seu desenho, uma delicada paisagem carioca, retrata uma comunidade multicolorida com o Cristo Redentor ao fundo. Uma obra que fala de identidade, esperança e beleza – tudo visto a partir do olhar corajoso de uma criança que sonha.

A cerimônia de premiação foi realizada com muita emoção na nova sede do JOCA, um espaço acolhedor e arejado, localizado na Rua Francesco Borosini, 12, no Balneário Mar Paulista. A casa, que agora oferece ainda mais conforto às crianças atendidas, se encheu de alegria e gratidão.

A gestora do projeto, Cida Neves, organizou o evento com carinho, oferecendo um delicioso café e almoço à equipe de apoio da MOA. Voluntários e colaboradores se dividiram em atividades com flores, momentos lúdicos com as crianças e a entrega dos prêmios. Um verdadeiro encontro de afetos, beleza e propósito.

A Exposição de Desenhos Infantis do Museu MOA – Atami é muito mais que um concurso. É uma celebração da criatividade, da sensibilidade e do poder transformador da arte. Inspirado pelo legado de Mokiti Okada, fundador do Museu MOA, o evento carrega os princípios de Verdade, Bem e Belo, pilares para a construção de uma sociedade mais harmônica.

Mokiti Okada acreditava que o Belo vai além do que os olhos veem — é aquilo que o coração sente. E, nesse sentido, cada traço feito por mãos pequeninas se torna uma ponte para um futuro melhor. O Museu MOA é solo fértil onde a imaginação floresce e onde crianças de todo o mundo têm a chance de se expressar livremente, sem julgamentos.

A exposição deste ano é uma verdadeira galeria de sonhos: árvores azuis, sóis quadrados, casas que voam. O “certo” e o “errado” se dissolvem diante da autenticidade. Cada obra é uma pequena revelação da alma infantil, um convite à escuta, ao olhar atento e à abertura do coração.

Agradecemos profundamente à Cida Neves, ao time do JOCA e à Direção da MOA, na pessoa do Sr. Ryota Nakaguchi, por todo o apoio e dedicação para que essa iniciativa siga encantando, incentivando e construindo pontes entre o presente e o futuro.

Que nunca nos falte a capacidade de ver o mundo com os olhos de uma criança. Porque é nesse olhar que o Belo se revela em sua forma mais pura.

 

 

Museu MOA Atami realiza premiação do Concurso de Desenhos Infantis

Em um clima solene, o Museu MOA Atami reuniu cerca de 500 participantes para a cerimônia de premiação da edição 2024 do Concurso de Desenhos Infantis. A Exposição de Desenhos Infantis de Intercâmbio Nipo-Brasileiro, promovida pela MOA International do Brasil junto com a MOA do Japão, é realizada desde 1999, fortalecendo o intercâmbio cultural entre Brasil e Japão.

A cerimônia teve início com as palavras de boas-vindas do Sr. Murose Kazumi, Diretor Representante da Fundação de Arte e Cultura Mokiti Okada, seguidas pela apresentação das autoridades presentes, entre elas o Sr. Toyoguchi Kazushi, representante do Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia do Japão. Na sequência, foram entregues o Prêmio do Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, o Prêmio do Ministério das Relações Exteriores, além de outras honrarias.

Os trabalhos premiados com medalhas de ouro, prata e bronze foram exibidos ao público, destacando o talento e a criatividade dos jovens participantes.

Representando o Brasil, Alicia Souza e Silva, da ONG São Joaquim Santana – JOCA, conquistou o prêmio de bronze na categoria pintura. Sua obra foi apresentada durante a solenidade, demonstrando o alcance e a relevância do concurso para o intercâmbio artístico internacional.

O trabalho de Alicia pode ser conferido no YouTube, a partir de 1h 09min 23s, no link abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=KlJALd4IVf4&t=3622s